terça-feira, 21 de outubro de 2014

Cuidado! Ele pode não ser o cara terrível que você pensa

   Hoje amanheci meio gripada, porque ontem choveu e eu estava em um culto no shopping, quando o culto acabou o Julio queria logo vir pra casa dele. Sim, caminhávamos na chuva, da casa dele pro shopping são 5 minutos. Mas, esse foi tempo suficiente pra eu gripar.

   Mesmo gripada resolvi arrumar o quarto dele, quando terminei de organizar os CD's percebi que ele tinha saido e eu nem percebi, na hora eu pensei que ele estava chateado com algo que eu possa ter dito pra ele e por isso foi embora, em seguida pensei "é claro que ele foi embora simplesmente por ir embora!", até que resolvi perguntar pra Maria José e ela disse que não sabia. Comecei a mandar mensagens no gmail perguntando se ele tinha me abandonado e falando que é muito feio abandonar uma mulher doente, ele não respondeu. Depois de uns 20 minutos ele volta com remédios, suco de limão, e um café da manhã lindo; ele começou a me contar que tinha ido comprar no super mercado aqui próximo e foi sozinho porque eu estou doente e estava frio. Me senti um lixo por ter duvidado dele. 

   Então passei o dia tentando "recompensar" ele, foi bem divertido até, fomos ao shopping do lado da casa dele junto com a minha irmã que veio me visitar, depois fui com ele pra casa da minha mãe. Senti dores demais, passei pouco tempo com ela, e logo voltei pra casa dele. Na parada de ônibus ele me contou sobre mensagens que ele e a ex-namorada dele estavam trocando. Fiquei chateada é claro, porque quando eu faço/falo qualquer coisa mínima tenho que falar na hora e ele não faz isso comigo, ás vezes dá até impressão de que só existe transparência do meu lado, e claro que sempre que ele me fala algo que ele fez mas "se esqueceu de me contar" eu penso: "quantas coisas mais ele fez e não me contou?". A minha reação a isso foi ficar calada, não falei nada a respeito e limitei-me a monossílabas.

   Ele começou a agir como se eu fosse uma péssima namorada, pensei seriamente em deixá-lo sozinho naquele momento e ir embora pra casa, mas pensei que seria bobagem abandoná-lo ali só porque ele tem esclerose e se esqueceu de me contar. Tentei mentalizar todas as coisas boas que ele faz comigo, chegamos a casa dele e cada um deitou em um lado da cama com um abismo central nos dividindo.



   O que eu aprendi hoje: aprendi a nunca pensar o pior dele, porque enquanto eu penso o pior dele, ele pode simplesmente estar pensando em fazer um bem pra mim. Aprendi que uma mágoa de manhã pode ser carregada até a noite na cama. E percebi que se eu tivesse confiando nele, o dia poderia ser diferente.

Ps1: a foto retrata bem o que penso neste momento.

Ps2: aqui fica um link válido que eu acabei de ler, e vi muitas verdades nele. Recomendo. Clique na palavra "link".

domingo, 19 de outubro de 2014

Vida a Dois

   Todo mundo sabe que a vida a dois é complicada, e a cada dia conviver com outra pessoa se torna um desafio ainda maior. Tudo o que o companheiro faz não parece perfeito e essas coisas te incomodam bastante, fazem até brigar. E a sogra intrometida que opina em tudo e acha defeito até que quando você está certa (o). Quando viver a dois pode melhorar ou se tornar algo agradável?
   Quando se fala em vida a dois se fala em diversas relações, seja de mãe e filha, pai e filha, marido e mulher. Seja qual for o seu caso, temos de assumir que viver a dois é complicado. As diferenças que as pessoas possuem em certo ponto nos incomodam e controlar a raiva naquele momento parece impossível.
   Reconhecer os limites do outro e se diferenciar, se torna uma arte. É a arte de saber que o outro é outro e diferente de você. Temos de compreender que viveremos a dois, logo, cederemos, daremos o melhor que podemos e recebemos o melhor que o companheiro pode nos dar. Teremos de tolerar e aprender a ouvir, a elogiar, a perceber o outro como pessoa.
   Amar e respeitar devem ser atos e não apenas palavras. Nesse blog, vocês encontrarão a rotina de um casal recém-casados.


Ele: tem esclerose múltipla.
Eu: paciência limitada.